António Roma Torres


O REI DA ÁUSTRIA


Edições Afrontamento
2012, editado em 2014




"O Rei da Áustria" aborda o nascimento do Psicodrama desde o dia 1 de Abril de 1921, quando Jacob Levy Moreno dirige o primeiro psicodrama público num teatro em Viena, no ambiente de grande crise social e económica após a Grande Guerra de 1914-1918, até à inauguração da clínica psiquiátrica Beacon House com um teatro oferecido pela sufragista e milionária Gertrud Franchot Tone, mãe de um conhecido actor de teatro e cinema, numa América anterior à Segunda Guerra Mundial, no dia da abdicação de Eduardo VIII, quando a rádio e o cinema ensaiam os primeiros passos da globalização mediática que vai caracterizar o mundo pós-moderno.

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Jack - O mundo tende para o caos. É verdade. Mas o que o organiza são as ligações que criamos. (...) Sobrevive aquele que escolhe. Sobrevive o mundo se se escolhe. A liberdade produz a ordem. Se Deus existe ele é matemático.

 

"O Rei da Áustria" (III Acto)

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Leitura pública no XI Congresso Português de Psicodrama em 9 de novembro de 2012 do III acto pela Oficina de leitura de textos dramáticos, (Leituras) em Voz Alta, orientada por Rosa Quiroga (Associação de Ideias Obscuras-ASSéDIO), com António Domingos, Armando Pereira, Maria João Figueira, Idalinda Fitas, Gabriela Moita, etc.

Lançamento em 7 de novembro de 2014 no XII Congresso Português de Psicodrama na Pousada da Juventude de Almada com apresentação de Alfredo Correia Soeiro, Maria João Brito e Gabriela Moita e em 5 de março de 2015 na Ordem dos Médicos (Porto) com apresentação de José Adriano Fernandes.

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À PROCURA DO AUTOR

O Psicodrama no mundo pós-moderno

António Roma Torres

J.L.Moreno inicia o seu livro “Psicodrama” falando precisamente doberço do psicodrama, o que resulta provavelmente de todo o seu interesse  a respeito do nascimento, do status nascendi e das matrizes de identidade. Compreender como o psicodrama nasceu pode, aliás, ser muito interessante para o aprofundamento da sua teoria.

Moreno localiza o nascimento do psicodrama no dia 1 de Abril de 1921 na Komoedian Haus de Viena na representação do trono do rei. Reparemos desde já que Moreno sublinha que era o dia das Mentiras. E logo de seguida confunde os leitores com outros nascimentos: a brincadeira de Deus aos 4 anos, a revolução nos jardins de Viena e o conhecido caso de Barbara e Jorge.

Viena vive nessa altura um momento de crise – esse é o tema da dramatização que Moreno propôs nessa noite – mas de certa maneira o mundo cultural dessa primeira metade do século XX é ainda o mundo da modernidade, caracterizado por uma certa ideia de certeza. A evolução da ciência, e particularmente correntes de pensamento então ainda emergentes como o marxismo e a psicanálise postulam um mundo de objectividade, com as suas regras que o homem no seu labor científico vai progressivamente construindo. Valoriza-se uma realidade exterior, capaz de ser progressivamente melhor conhecida.

A história (ou histórias) que Moreno conta sobre o nascimento do psicodrama parecem supor uma maior dose de cepticismo. O facto de o berço do psicodrama ser o teatro, o palco, traz-lhe uma especificidade que o torna capaz de responder a questões que só anos mais tarde se explicitariam particularmente no mundo que se tem designado por pós-moderno, depois da II Guerra Mundial até à transição para o século XXI.

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J. L. Moreno à Luz do Pensamento Pós-moderno - António Roma Torres, comunicação no VII Congresso Português de Psicodrama, 25-27 de Novembro de 2004, Póvoa de Varzim